Resenha: A Espiã - Paulo Coelho

20 janeiro 2017


Edição: 1
Editora: Paralela
ISBN: 9788584390373
Ano: 2016
Páginas: 183


Livro cedido em parceria com a editora
Sinopse: Mata Hari foi a mulher mais desejada de sua época: bailarina exótica que chocava e encantava plateias ao se desnudar nos palcos, confidente e amante dos homens mais ricos e poderosos de seu tempo, figura de passado enigmático que despertava o ciúme e a inveja das damas da aristocracia parisiense. Ela ousou libertar-se do moralismo e dos costumes provincianos das primeiras décadas do século XX e pagou caro por isso: em 1917, foi executada pelo pelotão de fuzilamento do exército francês, sob alegação de espionagem. Em seu novo romance, Paulo Coelho revisita com brilhantismo a vida dessa mulher extraordinária, mostrando ao leitor que as árvores mais altas nascem das menores sementes.

Quando solicitei A Espiã, o solicitei por ser um livro do meu autor nacional favorito: Paulo Coelho. Não conhecia a história de Mata Hari e nem sabia de sua existência. Mas fiquei curiosa para conhecê-la, pois o marketing que a editora fez na Bienal sobre o enredo do livro foi maravilhoso e despertou aquela curiosidade, sabe? Então, agora que finalmente terminei a leitura, venho contar para vocês o que achei.
"Sou uma mulher que nasceu na época errada e nada poderá corrigir isso. Não sei se o futuro se lembrará de mim, mas, caso isso ocorra, que jamais me vejam como uma vítima, mas sim como alguém que deu passos corajosos e pagou sem medo o preço que precisava pagar."
A Espiã é uma carta escrita por Mata Hari para seu advogado enquanto a mesma está presa, esperando seu julgamento e, consequentemente, sua condenação. O livro já começa com a execução de Mata Hari, então não espere um romance com um final feliz.
Mata Hari nos conta com suas palavras como foi sua vida e o que a levou a ser acusada de ser uma espiã.
Mata Hari foi uma dançarina exótica reconhecida mundialmente. Chegou a França sem nada e fez o que pode para conquistar sua liberdade e ter uma vida boa. Mata Hari foi conhecida pelas incontáveis mentiras que contava aos seus "amigos" ou a quem quisesse ouvir; também era chamada de prostituta, pois tinha diversos amantes.
"Todos nós sabemos que serei morta não por causa desta alegação estúpida de espionagem, mas porque decidi ser quem sempre sonhei, e o preço de um sonho é sempre alto."
Sua história é de superação e libertação. Paulo Coelho entra no corpo da personagem e nos conta como era ser uma mulher a frente de seu tempo e o que precisou enfrentar para conseguir a fama que ela tanto desejava.
Em um mundo governado por homens, Mata Hari foi acusada injustamente por espionagem. Seu real erro foi ser uma mulher linda, sem marido e com diversos amantes.
Infelizmente, o livro é curto. Possui apenas 183 páginas. A história de Mata Hari nos encanta e cativa. É impossível não deixar de se admirar com a força de vontade dessa mulher e de se sentir traída junto com ela.
O livro também conta com uma ótima diagramação, sem erros aparentes e com fotos e dados históricos sobre a sentença de Mata Hari. O autor baseou este livro na história real de Mata Hari, embora ele mesmo afirme que criou alguns diálogos, fundiu certas cenas e alterou a ordem de alguns dos eventos mencionados neste livro. Também explica que este livro não tem a intenção de ser uma biografia de Mata Hari.
"Mesmo que no momento eu esteja prisioneira, me espírito continua livre. Enquanto todos estão lutando para ver quem sobrevive no meio de tanto sangue, em uma batalha que não termina nunca, eu não preciso lutar mais, apenas esperar que gente que jamais conheci decida quem sou. Se me julgarem culpada, um dia a verdade virá à tona e o manto da vergonha será estendido em suas cabeças, na de seus filhos, seus netos, seu país."
A narrativa é em primeira pessoa, feita por Mata Hari que começa sua história desde a infância. No final do livro, temos uma carta resposta de seu advogado, também narrado em primeira pessoa, o que nos dá mais material para ligar os fatos mencionados por Mata Hari.
A escrita de Paulo Coelho é maravilhosa! O leitor nem percebe que é um homem escrevendo como uma mulher. Os diálogos são inteligentes e breves. O livro todo foi composto somente por momentos mais marcantes. No entanto, senti falta de saber mais sobre a filha de Mata Hari. Foi um ponto pouco explorado e que me deixou muito curiosa.
Do mais, só tenho elogios para a obra. A capa é linda e confesso que é uma das mais bonitas que tenho na estante. O livro todo está perfeito. Sou fã do autor, então sou suspeita para falar de seus livros, sempre vou elogiar e amar cada livro que ele escrever! Rsrsrsrsrs
Espero que vocês também leiam e que gostem tanto quanto eu gostei!


Avaliação:


Sobre o autor: 



Nasceu em 1947, na cidade do Rio de Janeiro. Antes de dedicar-se inteiramente à literatura, trabalhou como diretor e ator de teatro, compositor e jornalista.
Paulo Coelho escreveu letras de música para alguns dos nomes mais famosos da música brasileira, como Elis Regina e Rita Lee. Seu trabalho mais conhecido, porém, foram as parcerias musicais com Raul Seixas, que resultou em sucessos como Eu nasci há dez mil anos atrás, Gita, Al Capone, entre outras 60 composições com o grande mito do rock no Brasil.
Em 1986, PAULO COELHO fez a peregrinação pelo Caminho de Santiago, cuja experiência seria descrita em O Diário de um Mago. No ano seguinte (1988), publicou O Alquimista, que - apesar de sua lenta vendagem inicial, o que provocou a desistência do seu primeiro editor - se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos. Outros títulos incluem Brida (1990), As Valkírias (1992), Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei (1994), a coletânea das melhores colunas publicadas na Folha de São Paulo, Maktub (1994), uma compilação de textos seus em Frases (1995), O Monte Cinco (1996), O Manual do Guerreiro da Luz (1997), Veronika decide morrer (1998), O demônio e a Srta. Prym (2000), a coletânea de contos tradicionais em Histórias para pais, filhos e netos (2001), Onze Minutos (2003), O Zahir (2005), A Bruxa de Portobello (2006), O Vencedor está só (2008) e a compilação de textos Ser como o rio que flui (2006).
Fez também a adaptação de O dom supremo (Henry Drummond) e Cartas de Amor de um Profeta (Khalil Gibran).



6 comentários:

  1. Olha, vou ser sincera, não sou muito fã de histórias antigas, então não bateu muito interesse para ler este livro e pra ajudar a capa não ajudou nem um pouquinho. Se eu acabar ganhando ele, claro que eu lerei, mas eu não iria e compraria ele. Achei a história legal até, mas não sei que conseguiria ler ela.

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  2. Ana!
    Também sou super fã do Paulo Coelho e já há muitos e muitos anos e a cada novo livro dele, fico interessada na leitura.
    Esse me interessa ainda mais porque a história da Mata Hari sempre foi envolta de muita fábula e mistério, como foi a própria vida dela.
    E ver que Paulo deu destaque em sua pesquisa e escreveu um livro bem elaborado, só engrandece a leitura.
    “Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas.” (Confúcio)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de JANEIRO dos nacionais, livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

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  3. Ainda não li nenhum livro do autor e são bem elogiados, mas pretendo ler um dia. Achei esse uma historia de uma mulher forte e batalhadora, que naquele tempo era difícil ser assim e quando alguém era incomodava os homens.

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  4. Oi, Ana!!
    Faz muito tempo que não leio nada de Paulo Coelho!! Mas amei esse livro fiquei bem curiosa sobre o desenvolvimento da história!! A capa é bem chamativa e também a edição ficou fantástica!!
    Beijoss

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  5. Olá, Ana.
    Não curto o autor, mas fiquei curioso com o livro, principalmente por Mata Hari realmente ter existo, apesar de confessar que não a conhecia. Gosto dessas tramas que se baseiam na vida de pessoas interessantes.
    Darei uma chance.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de janeiro. Serão dois vencedores, dividindo 4 livros.

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  6. Digite seu comentário...gostei muito sory sorte amigo !Macaé rj,miramar .

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